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Portugal concluiu primeiras entrevistas de seleção de refugiados no Egito

As autoridades portuguesas concluíram esta semana no Egito a primeira missão de contacto e entrevistas aos refugiados candidatos ao grupo de mais de mil pessoas que vão ser reinstaladas em Portugal até 2019.

Ao abrigo do programa europeu de reinstalação, aprovado em 2017 pela Comissão Europeia, Portugal manifestou disponibilidade para colher mais de mil refugiados ao longo deste ano e de 2019.

O Ministério da Administração Interna (MAI) avançou à agência Lusa que “as autoridades portuguesas já concluíram a primeira missão de contacto e entrevistas com os refugiados que se encontram no Egito, sob o acolhimento do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)”.

Nesta primeira missão, os inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, juntamente com uma equipa do Alto Comissariado para as Migrações (ACM), realizaram 138 entrevistas a refugiados, segundo o MAI.

As autoridades portuguesas destacam “a enorme curiosidade e motivação” destas pessoas em ser acolhidas em Portugal, refere o MAI, sustentando que o ‘kit de acolhimento para refugiados’, guia existente em Portugal que tem como objetivo apoiar os refugiados, está “a ser alvo de muita curiosidade, com os refugiados a mostrarem vontade de aceder à versão online e a experimentarem os dicionários, cientes de que a aprendizagem da língua e a integração cultural são fatores determinantes no sucesso dos processos de acolhimento”.

De acordo com o Ministério da Administração Interna, Portugal tem sido elogiado pela disponibilidade demonstrada e pela sua política de integração.

Os jornais egípcios têm noticiado o empenho de Portugal no programa de reinstalação, tendo em conta que é o terceiro país que mais acolhe refugiados reinstalados no Egito, logo a seguir ao Reino Unido e Canadá, destacando também “o bom resultado do diálogo entre o Egito e a União Europeia”.

Além do Egito, o SEF e o ACM têm também programado outra missão de seleção de refugiados à Turquia no âmbito deste programa da União Europeia.

Ao abrigo de um outro programa de recolocação da UE, lançado em setembro de 2015 e concluído em março de 2018, Portugal acolheu 1.552 refugiados que estavam em campos de acolhimento na Grécia e Itália.

o Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo (RIFA) de 2017 indica que os pedidos de asilo a Portugal aumentaram 19,1% em 2017 face a 2016, ascendendo a 1.750, sendo a maioria de cidadãos asiáticos e africanos.

“Os principais indicadores em matéria de asilo e proteção internacional, no ano de 2017 e tal como já havia ocorrido em 2016, demonstram uma evolução expressiva face ao tradicionalmente verificado em Portugal. Como fator explicativo, surge o da instabilidade existente em diversas áreas geográficas”, refere este relatório do SEF divulgado em junho.

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