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#poesiaarteemportugues: Maria Teresa Horta

 

Aproxima-se o Dia Internacional da Poesia e não queremos deixar de o comemorar consigo. Venha connosco num roteiro pela poesia portuguesa e por alguns dos seus maiores poetas. Deixemo-nos encantar por este nosso património inconfundível.

Selecionado por Patrícia Barata

 

Poema Especial Dia dos Namorados

“Morrer de Amor” de Maria Teresa Horta

Morrer de amor

ao pé da tua boca

 

Desfalecer

à pele

do sorriso

 

Sufocar

de prazer

com o teu corpo

 

Trocar tudo por ti

se for preciso.

 

in Destino, 1998

Maria Teresa Horta (1937)

Nasceu em Lisboa, em 20 de Maio de 1937. É escritora, jornalista e poeta.

Apaixonou-se pela literatura ainda criança, deslumbrada ante a biblioteca do seu pai. Aos 12 anos achava que a coisa mais maravilhosa do mundo era ser escritora. Aos 14 começou a escrever poesia, contudo só em 1960 publica Espelho Inicial.

Fez parte do Movimento Poesia 61, em Faro, com Gastão Cruz, Casimiro de Brito, Fiama Hasse de Pais Brandão e Luíza Neto Jorge.

Estreou-se na ficção em 1970, com o romance Ambas as Mãos sobre o Corpo.

Mas é como militante nos movimentos de emancipação da mulher que é também conhecida do grande público. Insubmissa, desobediente e sem vassalagem, foi opositora do Estado Novo. Em 1971, com Maria Velho da Costa e Maria Isabel Barreno, foi co-autora das célebres Novas Cartas Portuguesas, que lhes valeram um processo judicial pela transgressão dos códigos morais dominantes. Também “Minha Senhora de Mim” (1971), apreendido pelo regime, incomodou “os bons costumes” da ditadura, que não permitia (ou perdoava) às mulheres a escrita erótica e sensual. Foi perseguida e agredida.

Após o 25 de Abril fundou o Movimento de Libertação das Mulheres e, em 1978, é convidada pelo PCP a fundar a revista Mulheres. A defesa da liberdade e da igualdade de género e a denúncia de todas as formas de discriminação da mulher é omnipresente na sua vida e obra.

Sobre a sua obra diz-nos em Poesis (2017): “Esta é a minha epopeia/ feita de poesia/ perdimentos e palavras/ sem deuses sem batalhas/ sem heróis nem lágrimas/ sem o bronze das armas/ Poema a poema a poema/ paixão após fulgor após beleza/ na sua dimensão mais ávida.”

Atualmente, a sua obra conta com mais de 20 livros de poesia e 10 de ficção, vários dos quais premiados e traduzidos. Queira o leitor conhecê-la.

LEIA AQUI O PRIMEIRO POEMA DESTA SÉRIE

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