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Jazz invade as aldeias do xisto

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Os Encontros de Jazz das Aldeias do Xisto (XJazz) decorrem de junho a novembro, com residências artísticas, concertos e ‘performances’, contando com a presença do brasileiro Hamilton da Holanda e da francesa Joëlle Leandre.

O jazz volta a fazer parte da programação cultural das aldeias do xisto, situadas em quatro distritos da região centro (Coimbra, Leiria, Guarda e Castelo Branco), numa “ideia de permanência no território”, procurando enraizar-se no contexto dos lugares através de momentos de criação e de partilha, disse à agência Lusa o diretor do Jazz ao Centro Clube (JACC), José Miguel Pereira.

Organizado pelo JACC e pela Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto – ADXTUR, o XJazz vai contar com uma programação que junta “nomes importantes em termos internacionais com nomes de jovens portugueses em franca ascensão”, sublinhou José Miguel Pereira.

Joëlle Leandre vai estar em residência artística de 12 a 15 de junho com cinco artistas portuguesas, fazendo uma apresentação final no último dia, e Hamilton da Holanda atua a 23 de julho, informou.

Pelos encontros, passam também o contrabaixista João Hasselberg – “uma das principais vozes do novo jazz português” – e o trompetista Luís Vicente, num evento que vai passar por aldeias “muito distintas”, como Cerdeira (Lousã), Gondramaz (Miranda do Corvo), Barroca do Zêzere (Fundão), Casal de São Simão (Figueiró dos Vinhos) e Álvaro (Oleiros).

A maioria dos concertos vai ser em duos ou em solos, “em sítios fantásticos”, não apenas nas aldeias, mas aproveitando também o património natural que circunda estas localidades, explanou José Miguel Pereira, referindo que a maioria das datas e locais dos espetáculos será divulgada no futuro.

Pelo território, passam ainda coletivos de artistas como DEMO, que vai estar em residência artística durante o mês de agosto na aldeia Barroca do Zêzere a trabalhar as memórias locais, numa zona onde a identidade das comunidades “é muito marcada pela presença das Minas da Panasqueira”, afirmou o diretor do JACC.

Segundo José Miguel Pereira, o trabalho vai culminar num espetáculo multidisciplinar, com a participação das comunidades.

Para o diretor do JACC, para além de levar música e criação artística até àquele território, o XJazz pretende também que as pessoas que assistam aos concertos não se fiquem por aí e descubram também o próprio património das aldeias do xisto, “as práticas e os saberes que se desenvolvem naqueles sítios”.

O XJazz arrancou em 2012, tendo já dinamizado nas aldeias do xisto 24 concertos e cinco residências artísticas.

Pelo evento, passaram músicos como Evan Parker, Maria João, Brahima Galissa, Aline Frazão ou Ingebrigt Haker Flaten.

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