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Irmãos Costa ganham ouro nos Universitários, antes do Mundial de remo sub-23

Os irmãos Afonso e Dinis Costa venceram esta quarta-feira a medalha de ouro em ‘double scull’ masculinos, no encerramento do remo nos Jogos Europeus Universitários, que serviram como “um bom teste” para o Mundial de remo sub-23.

O ouro em LM2x (‘double scull’) deu à Universidade de Coimbra o primeiro ‘metal’ na prova em que compete ‘em casa’, com uma vitória confortável, terminando com quase seis segundos de vantagem para o segundo lugar, a embarcação dos turcos Fatih Unsal e Mert Kaan Kartal (Universidade Marmara), e 10 para os britânicos Frank Hamilton e Sean O’Mahony (Universidade de Reading), medalhados com bronze.

“Tínhamos como objetivo vencer a prova, e encarámo-la como um teste para o nosso principal objetivo de época, que é o campeonato do mundo de sub-23”, disse à Lusa Dinis Costa.

A dupla “definiu o plano de regata” e fez “um bom teste” para o Mundial em Poznan, na Polónia, já de 25 a 29 de julho, explicou Afonso, de 22 anos.

Os dois irmãos de Setúbal vivem em Coimbra e admitiram ser “gratificante representar e poder vencer por esta Universidade”, e elogiaram a aposta de Coimbra na organização dos Jogos.

“O facto de a cidade de Coimbra estar a organizar este evento é muito importante, porque não só a universidade fica com maior visibilidade internacional, sem ser só a nível desporto, mas a todos os níveis, como é um espaço excelente para a realização deste tipo de eventos”, atirou Afonso.

Dinis, que tem 20 anos e estuda Engenharia Informática, queixou-se, ainda assim, de os serviços académicos “nem sempre facilitarem” em matéria de marcação de exames devido ao estatuto de atleta de alta competição.

“Temos o estatuto de atletas de alta competição, e aqui não valorizam tanto isto como o estatuto de estudante atleta da Universidade de Coimbra. (…) Poderia haver uma ajuda maior aos atletas de alta competição”, completou o irmão, que vai começar um mestrado em ensino especializado em Geografia, em que se licenciou.

As “mentalidades por mudar” são outro dos obstáculos, até porque “ninguém vê o que está por trás, os momentos que se perdem, as aulas que se faltam”, mas “pode ser que os resultados” ajudem nesse aspeto.

Mais tarde, João Gomes e Pedro Mateus, também da equipa da casa, ficaram em terceiro na final A de LM2-, atrás dos campeões Julian Bakker e Tijmen van Rietbergen, dupla holandesa da Universidade de Wageningen, e de George Crouchley e Robert Muscroft, da britânica Universidade de Nottingham.

“É sempre uma sensação muito especial. (…) Uma medalha é sempre uma medalha, é um orgulho enorme”, explicou Pedro Mateus, enquanto João Gomes frisou que a prova foi “complicada, com um bocado de vento”, mas o bom arranque foi determinante para a conquista de uma medalha.

A dupla de Joana Branco, que já tinha dado o primeiro ouro a Portugal em LW1x, e Inês Oliveira conseguiu novo ouro para a Universidade do Porto, em LW2x, e aumentou o medalheiro português no encerramento do remo em Montemor-o-Velho.

No final, Inês Oliveira disse que todo o esforço “valeu muito a pena”, ainda para mais na estreia em Jogos Europeus “e na última prova da Joana”, num dia em que a comitiva lusa conseguiu as primeiras medalhas.

“O querer superou tudo e conseguimos levar uma medalha”, destacou a atleta, enquanto Joana Branco valorizou, depois, os bons resultados obtidos nas eliminatórias, em que tiveram o melhor tempo, deixando-lhes boas indicações para hoje.

A quarta edição dos Jogos Europeus Universitários decorre até 28 de julho e traz 13 desportos diferentes a Coimbra, com a participação de cerca de 4.500 atletas – a sua maioria campeões nacionais universitários nas 13 modalidades em competição, entre eles cerca de 450 portugueses -, de 295 universidades de 40 países.

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