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Francisco e Jacinta: primeira canonização em Portugal

A canonização de Francisco e Jacinta Marto, a 13 de maio, em Fátima, presidida pelo Papa Francisco, vai ser a primeira cerimónia do género em Portugal.

As celebrações de canonização acontecem, por norma, na Praça de São Pedro, onde o Papa Francisco presidiu a oito cerimónias do género desde 2013, mas o atual pontífice já canonizou dois sacerdotes em viagens ao estrangeiro: São José Vaz (14 de janeiro de 2015, Sri Lanka) e São Junípero Serra (23 de setembro de 2015, Estados Unidos da América).

A data e o local para a canonização dos irmãos pastorinhos foram anunciados hoje após um Consistório Público, reunião formal entre o Papa e cardeais, no Palácio Apostólico do Vaticano.

O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, disse durante o Consistório que a “breve vida” dos mais novos pastorinhos de Fátima “foi rica de fé, amor e oração”.

A Missa a que o Papa vai presidir a 13 de Maio, pelas 10h00, inclui assim o rito de canonização propriamente dito, em português, no qual o bispo de Leiria-Fátima, acompanhado pela postuladora da causa, irmã Ângela Coelho, pede em três momentos sucessivos que os beatos sejam inscritos no “álbum dos Santos”.

“Em honra da Santíssima Trindade, para exaltação da fé católica e incremento da vida cristã, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e a nossa, após ter longamente refletido, invocado várias vezes o auxílio divino e escutado o parecer dos nossos irmãos no episcopado, declaramos e definimos como Santos os Beatos Francisco e Jacinta Marto, inscrevemo-los no Álbum dos Santos e estabelecemos que em toda a Igreja eles sejam devotamente honrados entre os Santos”, refere a fórmula de canonização, a ser proferida pelo Papa.

O rito de canonização prevê que os relicários dos dois novos santos sejam colocados junto ao altar, com as respetivas relíquias os relicários em forma de candeia – um deles contendo um fragmento de osso da costela de Francisco e o outro uma madeixa de cabelo de Jacinta.

A página oficial da visita do Papa a Fátima adianta que o transporte das relíquias dos mais jovens santos não-mártires vai ser feito pela irmã Ângela Coelho e e por Pedro Valinho, assessor da Postulação e atual director do Serviço de Peregrinos do Santuário; o bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, fará “uma breve apresentação da biografia dos dois novos santos, antes da invocação da ladainha dos santos”.

Após a fórmula de canonização, D. António Marto, acompanhado pela postuladora da Causa da Canonização de Francisco e Jacinta, agradece a proclamação e pede ao Papa que redija a Carta Apostólica relativa à canonização dos dois Pastorinhos.

O coro entoa o Glória, assinalando o fim da cerimónia da canonização e a continuação da Eucaristia.

No termo da Missa, as duas relíquias deixam o altar com o andor da imagem de Nossa Senhora de Fátima e seguem em cortejo até à Capelinha das Aparições, onde vão ficar expostas até ao final do dia 13 de maio.

“Regressam depois à Casa das Candeias, onde se encontram habitualmente, uma vez que as relíquias mais importantes de Francisco e Jacinta, os seus corpos, estão à guarda do Santuário, nos túmulos colocados nos dois lados do transepto da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima”, acrescenta a nota divulgada no site www.papa2017.fatima.pt.

A canonização é a confirmação, por parte da Igreja, que um fiel católico é digno de culto público universal (no caso dos beatos, o culto é diocesano) e de ser dado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.

Este é um ato reservado ao Papa, desde o século XII, a quem compete inscrever o novo Santo no cânone.

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