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Evocando Fernando Melo

Fernando Melo, velho senhor felgueirense perecido à volta de uma dúzia de anos, foi um profundo católico. Lembro-me de o ver na missa muito compenetrado.

Cumprem-se as bodas de prata do seu livro “Vândalos da Santidade”. Um livro de poemas que vem confirmar aquilo que eu e muita gente pensa: Quanto mais próximos da Igreja, mais vêm as suas pechas e são os primeiros a afastar-se. Acontecia com muitos seminaristas.

“Seja Bispo ou seja Papa, Ministro ou Presidente, Quantas vezes, à socapa, Vêm enganar a gente.”, escreveu.

Fernando Melo é oriundo de uma família muito conhecida e respeitada em Felgueiras. Trabalhou muitos anos na Caixa Geral de Depósitos de Felgueiras e morou na Rua da Cegonheira.

Uma das últimas conversas que tive com ele, foi quando carregava o seu Volkswagem carocha, (DL-73-28) de víveres, mais a senhora sua esposa, junto a uma superfície comercial.

Quando pensei escrever este arrazoado sobre o bom senhor Fernando Melo, sabia que era difícil dar uma parda imagem de si. Mas agora ao fazê-lo sinto que não mais pararia e fico sempre com a sensação de que ler o livro é bem melhor. Como é óbvio. Prefácios, dedicatórias é algo que diz muito deste homem coerente que dizia: “Mudo sempre, desde que entenda estar errado”.

“Vândalos da Santidade”, um belo livro de poemas, é dedicado a A. Garibáldi e ao seu irmão Raúl a quem o velho senhor Melo dedicou dez anos de apoio na doença.

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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