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Emigrantes de Proença-a-Nova já têm um site dedicado

A plataforma criada pelo Município de Proença-a-Nova pretende dinamizar e manter uma relação de proximidade com a diáspora proencense, afirma a autarquia. Este site foi apresentado no Dia do Emigrante, assinalado no concelho esta terça-feira, dia 15, coincidindo com a inauguração da requalificação do Largo da Devesa.

Segundo o comunicado reproduzido pelo Diário Digital Castelo Branco, no seu discurso, o presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova incentivou os emigrantes proencenses a efetuarem o registo nesta página de internet. “Criámos esta plataforma com o sentido de também serem vocês agentes dinamizadores do vosso concelho, ajudando a desenvolver os nossos territórios e os agentes económicos existentes. É também um ponto de ligação àquilo que é vosso, para saberem o que é que por aqui se passa e darem as vossas sugestões”, referiu João Lobo. “Esta plataforma serve, no fundo, para criarmos uma relação mais próxima com os nossos emigrantes e de interação”.

A Diáspora Proencense está presente no requalificado Largo da Devesa de várias formas. O espaço foi valorizado com duas esculturas de Carlos Farinha, artista plástico com raízes no concelho de Proença-a-Nova (na aldeia de Maxiais) que foi emigrante em França. A escultura de menor dimensão representa uma criança a olhar para um livro aberto onde se vê o concelho de Proença-a-Nova, e todas as suas localidades, e a sua relação com Portugal, a Península Ibérica e o mundo. Já a escultura que ocupa o lugar central no requalificado Largo da Devesa é uma interpretação da lenda da cortiçada e mostra quatro figuras humanas apoiadas entre si, sendo que a última segura um cortiço. João Lobo apresentou a sua interpretação do elemento escultórico: “a figura de baixo, mais forte e mais estruturada, sustenta as gerações que o seguem e os beirões são assim mesmo, resilientes. Temos também a mulher que que faz a ligação entre todos e tudo; e em cima está a criança que tem o cortiço, mas o cortiço pode ser aquilo que quisermos, é o sonho da criança. E só sonhamos, evidentemente, se tivermos o apoio de todos para depois os sonhos poderem ser concretizados. É isto que a peça simboliza para mim, é esta evolução da lenda da cortiçada que o Carlos Farinha nos dá o privilégio de vermos de forma intemporal”.

Na sua intervenção, Carlos Farinha destacou precisamente a reinterpretação da lenda da cortiçada que, na versão original, pode ser bastante polémica e o final menos positivo. “Para mim o mais importante foi a entreajuda entre as pessoas para se conseguir algo”, destacou. “Estas pessoas, umas em cima das outras, simbolizam também a entreajuda para o meu percurso plástico que tem já muitos anos e a Câmara permitiu-me concretizar o sonho que é esta peça”. No início do discurso alertou para a pronúncia acentuada que não esconde a sua condição de lusodescendente.

O também lusodescendente Hermano Sanches Ruivo, vereador executivo com o Pelouro dos Assuntos Europeus na Câmara Municipal de Paris, salientou o papel dos emigrantes portugueses e que Portugal ganha cada vez que faz a ligação com aqueles que estão mais longe. “É de facto importante Portugal compreender que a família está num retângulo, está nas ilhas, mas também está em cada uma das comunidades portuguesas onde, com mais ou menos bom português, com mais ou menos ligação a Portugal, pretende-se de facto nunca esquecer o que alguns chamam a Mãe Pátria”, referiu na sua intervenção.

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