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Acabar com esta tropa toda

O tema da actualidade – Tancos e Comandos – se nos depara uma grande questão: Para que precisa Portugal de Forças Armadas (FA)?

Além da vassalagem à NATO – os recursos que disponibilizamos e as avenças e alcavalas garantidas – coisa que não há para quem obrigado militou nas áfricas – garantidas, sim, comendas que têm agora certeza imediata pelo Comandante Supremo das Forças Armadas, para que nos serve exactamente as FA, além de se, por exemplo, a Espanha nos bater o pé, arregaçarmos a calças, se tivermos tempo, e fugir mar adentro mergulhando na questão da necessidade deste organismo que apenas se apresenta por cagança e sem intuitos democráticos, condicionados rigores inúteis, quiçá empíricos!

Neste Portugal onde o senhor Presidente da República é também “presidente de todas as cervejas de Portugal, de todas as águas de Portugal”, de tudo e quanto, também é o Comandante Supremo das Forças Armadas, também é Presidente deste paísito-à-beira-mar–muito-mal-plantado. Muito-mal-plantado, mas muito bem movimentado por uns quantos (…) que se sentam em mesas faustas e augustas, onde os servimos de bandeja para que expeditos colham interesses e benefícios, tomando-nos por tolazes. Comem os nossos miolinhos da cabeça pela manhã ao pequeno-almoçar, enquanto outros comem fome, têm um cibo. Aqueles pequeno-almoçam, lancham, bebem sumos e almoçam, bebem café, lancham, bebem a cerveja melhor do mundo, e jantam, e ceiam, e bebem café, e voltam a beber café. Muitos outros encharcados em medicamentos – que não sendo portugueses, não são os melhores do mundo, não são a pílula golden e não surtem efeitos. Logo pela manhã enfrentam uma realidade bem diferente. Se trabalham, sejam os empregos mais privilegiados, ou trabalhos, têm que enfrentar a mesma realidade, a mesma rotina, para a produzir (?). Se tiverem trabalho. Outros não querem ter trabalhos.Somos o país onde a euforia de Marcelo Rebelo de Sousa não lhe faculta a realidade, ainda que nos apele, não sabe onde quer que estejamos. Se não estamos no Interior, que nos deslocalizemos para o Interior sugerindo-nos que também vamos em férias, de preferência sem mochila. Se não estamos nos centros urbanos, cada vez mais pedra simples, o senhor PR quer que fiquemos lá.Aqui acontecem as mais variadas atrocidades praticadas pelos melhores pátrios. Sempre aconteceram mas não são mediáticas, até porque o professor Marcelo ocupa todos esses espaços, ofuscando outros actores políticos, públicos, informação geral, impedindo a alguns de nós olharmos o país real que de real pouco tem, porque é tudo ao deus-dará. A realidade é outra realidade, são outros interesses.

Casos imensos e profusos acontecem que nunca tomamos consciência. Quando ao comum português se lhe notícia uma plêiade de atrocidades, tem que ter em conta que é apenas uma pequena imagem do que se passa. Primeiro porque têm influências, porque não convém a este ou àquele elemento – dos mais variados e dos mais diversos quadrantes -, porque não houve faculdade para investigar, para denunciar.

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)

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