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10 Junho: Congressistas lusodescendentes satisfeitos com deslocação de Marcelo aos EUA

Devin Nunes (esq), David Valadao (direita)

Os congressistas de origem portuguesa dos Estados Unidos, todos com raízes nos Açores, estão convictos de que a deslocação do Presidente da República, a propósito do 10 de Junho, vai reforçar as ligações bilaterais.

Os republicanos David Valadão e Devin Nunes – este último figura próxima de Donald Trump e presidente da Comissão dos Serviços Secretos da Câmara dos Representantes – e o democrata Jim Costa têm em comum as suas raízes açorianas.

São naturais da Califórnia, onde se concentra grande parte da comunidade portuguesa, na sua maioria com origem nos Açores.

As comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas têm lugar este ano em Ponta Delgada, nos Açores, e em Boston e Providence, na costa leste dos Estados Unidos, país com cerca de um milhão e meio de pessoas de origem portuguesa, a maioria açoriana.

Nestas comemorações, estarão lado a lado o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa.

O congressista Jim Costa, de 65 anos, natural da Califórnia, onde reside uma vasta comunidade de origem açoriana, refere à agência Lusa que, de acordo com as últimas estatísticas disponíveis, relativas a 2016, o investimento direto norte-americano em Portugal atingiu os 2,3 mil milhões de dólares, tendo as empresas empregado cerca de 30 mil pessoas no país.

Para o democrata, que se não fosse congressista gostaria de ganhar a vida a ordenhar vacas, e cujos quatro avós são naturais da ilha Terceira, irá “continuar a assistir-se a uma melhoria das relações comerciais” entre Portugal e os Estados Unidos.

Jim Costa destaca, num outro plano, que ambos os países são membros da NATO para afirmar que as relações dos Estados Unidos com os parceiros europeus, como Portugal, “são importantes”.

Muito embora considere ser ainda prematuro avaliar a administração Trump em termos comparativos com o mandato de Obama, o democrata manifesta a sua preocupação com as relações dos Estados Unidos com os parceiros europeus, incluindo Portugal.

“Alguns dos comentários que o Presidente Trump proferiu sobre a NATO e a União Europeia revelam que nunca devemos ter os nossos amigos como garantidos e Portugal, na Europa, encontra-se entre os nossos mais fortes aliados. Estou preocupado com o atual estado das relações em termos comerciais e com a política externa norte-americana”, declarou.

Já o republicano David Valadão, de 40 anos, que integra com os seus colegas o CAUCUS (Portuguese American Legislative Caucus) do Congresso dos Estados Unidos, que reúne sempre que há dossiês com relevância para Portugal, declarou à Lusa que, “como filho de emigrantes”, considera ser “muito importante ter nos Estados Unidos o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa para celebrar o Dia de Portugal”.

O congressista, eleito pela Califórnia, cujo pai é das Fontinhas e a mãe da Ribeirinha, ambas localidades da ilha Terceira, afirma que os luso-americanos “estão muito ligados às suas raízes”, dão uma “grande importância à celebração da sua origem, e toda a comunidade está ansiosa para celebrar com Marcelo o Dia de Portugal”.

Para David Valadão, celebrar esta data nos Estados Unidos vai “incrementar ainda mais as já fortes relações” entre ambos os países, sendo sua esperança que “continuem a ser aliados e amigos próximos durante muitos anos”.

Questionado sobre o futuro das relações bilaterais, o republicano recorda que ambos os países “têm gozado de uma forte relação desde a formação dos Estados Unidos”, tendo Portugal sido dos primeiros países a reconhecer a independência das terras do Tio Sam.

“Com mais de um milhão de americanos com raízes portuguesas, só posso esperar que as relações cresçam nos próximos anos, especialmente depois deste importante evento”, declarou o congressista.

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