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Ai agora já não vale insultos na Internet?

Olá, malta! Como vai isso? Por aqui vai tudo na mesma. Quer dizer, na mesma não… Vai assim-assim. Mas pronto, podia estar pior. Adiante.
Não sei se leram a notícia de que um taxista insultou no perfil de Facebook de uma bombeira que já tinha morrido. Houve palavras feias para todos os lados. Quer do lado o taxista, que pronto, lá deve ter tido um dia de porcaria sem ter aldrabado um único estrangeiro, e do lado dos populares justiceiros do Facebook, que vieram para resolver a situação com frases carregadinhas de erros ortográficos e insultos de igual forma.
A coisa deu-se, e deu-se bem. Contudo, a dita frase difamatória do taxista, levou a que Gaspar Caldas, Comandante Bombeiros de Melgaço, apresenta-se uma queixa-crime junto da Procuradoria-Geral da República. E é aqui que entra a anormalidade. “Não conhecia a bombeira que faleceu, mas alguém tinha de fazer alguma coisa. Agi porque estava a criar-se uma onda de indignação tal que até publicaram no Facebook o contacto do indivíduo e onde trabalhava” – Exacto, senhor Comandante Bombeiros de Melgaço, e quantas ondas de indignação visualizou nos últimos três anos, pelo menos, pelas redes sociais? O problema é mesmo esse: muitas indignações nas redes sociais e poucas na rua. Deixe-me também dizer-lhe que o senhor comandante podia também prestar às péssimas condições a que alguns bombeiros estão sujeitos, e também apresentar algumas queixas-crime a quem está na governação deste país. Ah! Calma! É mais fácil apresentar queixas-crime a uma conta, muito provavelmente, falsa do que a quem realmente interessa.
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