Quem me lê, sabe que apesar de não ser socialista, tenho admiração e gratidão pelo legado de Mário Soares porque existe muito mais para além da ideologia. E conceitos como a democracia, a igualdade, a liberdade são superiores à ideologia, porque todos nós, temos que ter valores absolutos e valores relativos. E a ideologia é algo muito relativo, mas a liberdade não o é, é um valor absoluto e superlativo.
Apesar de tudo, não acho que Mário Soares tenha muito a ver com a aviação, a não ser contem as milhas às borla de tanto viajar, mas para isso merece mais o meu amigo Pedro Lemos o nome de um aeroporto que passa metade da vida a viajar.
Nessas coisas, nós somos criativos pois conseguimos dar o nome de um aeroporto na Maia a alguém que foi proeminente na política nacional mas morreu num acidente de aviação. Temos o aeroporto João Paulo II, pessoa que sofreu um atentado e o Humberto Delgado que faleceu num atentado! Na verdade somos uns nabos a meter nomes aos aeroportos!
Somos uns tipos que dão nomes de uma autoestrada ao Infante e também temos a ponte Vasco da Gama. Ou seja, aos navegadores damos nomes de infraestruturas rodoviárias, mas os portos continuam a ser de Leixões, de Sines, de Lisboa e por aí fora.
Para mim, aeroportos deviam chamar-se Bartolomeu de Gusmão da passarola, ou Sacadura Cabral, ou Gago Coutinho, ou capitão Roby, ou Major Alvega… Não se devia dar nome de pessoas que morreram em acidentes de aviação ou a pessoas que viajaram imenso.
