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A poesia mastiga e o poeta investiga!

Os poemas escritos navegam ao sol

Os barcos de papel encalham na lagosta

E a cerveja a copo rega uma sardinhada,

O taverneiro frita marisco de apetite.

Um sonho rasgado, um sono cortado,

Um silêncio mil vezes abençoado.

Uma carta rasgada, uma folha virada

Porquê senhor? Por tudo e por nada…

Uma porta fechada, uma luz esbranquiçada,

Uma cerveja na conta

Oh! O custo da vida nas horas de ponta…

Um mijo canino, um sol peregrino,

Um arfar de peito, um homem sujeito

À burocracia. Um governante apagado,

Um cão escorraçado. Um penico na berma

E um lençol branco manchado de surro.

A poesia mastiga e o senhor castiga,

A campa tem urtigas, onde está o banquete dos condenados?

E as meninas portadoras do sovaco,

Beijam rapagões brancos de leite,

Na barriga da perna, uma faca e um saco

Durante a noite escrever poesia é aceite.

Os burgueses comem vegetais, os pobres feijões

Antigamente os pobres não tinham televisão, mas muitos filhos…

E os ricos usavam preservativos,

Mas os donos do infinito vendem bulas para comer carne.

A poesia mastiga, e o senhor castiga os vivos.

Mas o poeta rejeita missais e cartilhas,

E escreve a verdade sem grandes alardes!

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