De que está à procura ?

Colunistas

A escolha dos jovens

Passei quase meio século a lidar com jovens.

Tive uma vantagem que não esteve ao alcance de muitos docentes. Leccionei ensino primário,secundário e universitário.

A perspectiva foi geral, embora tal não signifique que abarquei o completo conhecimento da causa educacional.

Andei pelo estrangeiro, com 9 anos de Angola e 35 de França.

Em Angola conheci o modelo de Portugal e na Gália aprendi com o conservadorismo francês.

Neste último vi ligeiras mudanças, porque nem todos os Ministros da Educação quiseram mostrar os seus próprios modelos nem quiseram afirmar-se diferentes ou mais competentes que os seus homólogos anteriores.

A Educação é algo demasiado sério para estar sujeita à diversidade das experiências, como acontece em Portugal, em que cada Ministro da Educação pretende ser mais competente e moderno que o anterior .

Veja-se o actual idiota jihadista da geringonça a anular a realização de exames no meio do ano lectivo para o substituir por aferições intermédias,acabando por deixar ao livre arbítrio dos directores das escolas a liberdade da realização das mesmas,o que andou à volta dos 50% das escolas a concordarem com a sua realização.

Estas hesitações,conforme a maior ou menos pressão dos sindicatos comunistas, junto do Ministro, acabam por ser o grande desastre do sistema educativo nacional.

Depois é a eterna luta entre o ensino público, com a sufocante tutela estatal e o ensino privado,em que este é sempre vitima do jihadismo esquerdóide deste país da Abrilada, em que qualquer mudança constitui um verdadeiro calvário para quem enfrenta este combate.,porque a mudança pretendida é sempre a liquidação do ensino privado.

O que se põe agora em causa é a escolha política da nossa juventude.

Atingida pela crise e sofrendo as suas consequências com o desemprego, dá ouvidos a sereias que entoam as tais melodias semelhantes às de Ulisses,na sua rota a caminho da ilha de Itaca, onde Pénelope e o filho Telémaco o aguardavam com ansiedade.

A sinfonia desgarrada do BE atrai uma certa juventude “desbussolada”, enquanto o PCP leva à AR jovens ignorantes dos crimes cometidos sob o jugo comunista, como se os soviéticos em Portugal fossem os anjos celestes defensores de todos os desprotegidos da sorte e que essa juventude fosse a guarda avançada de tal protecção.

Como é possível tanta ignorância, a roçar a boçalidade, que jovens se prestem à manipulação e se ofereçam em defesa de criminosos contra a Humanidade?

A ingenuidade ou a inocência têm limites,ainda que sela louvável tal atitude, mas ignorar o que foi e é o comunismo, enquanto política criminosa, é ser colaboracionista com a degradação mais obscena da política.

Dão assim a entender,quer o BE quer o PCP,que a juventude adere aos seus princípios, mas essa adesão só pode passar forçosamente pela deficiência de estudos efectuados ou por uma espécie de index inquisitorial, que ocultou do saber toda a panóplia de crimes cometidos, da forma mais impiedosa, contra os discordantes do sistema.

Aliás, só se compreende a adesão pelo desconhecimento mais completo, baseado na crassa ignorância.

Talvez possamos colocar em excepção os descendentes de terroristas, a cujo ADN não conseguem fugir e, por isso, os seus heróis ou entes referenciais são precisamente os pais,o que constitui um verdadeiro aleijão da natureza.

Jovens esclarecidos são a força indomável contra os desvios de alguns, a fim de se evitar a queda num abismo, donde muito dificilmente pode escapar-se.

A diferença existe entre uma Assunção Cristas do CDS com uma Mariana Mortágua do BE ou com uma jovem do PCP na AR.

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA